22 de jun. de 2015

Resenha: Carrie, A Estranha

Título: Carrie, a estranha
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas:299
Ano: 2013 (primeira edição 1974)












Sinopse: Carrie é uma adolescente tímida e solitária. Aos 16 anos, não pode viver os prazeres e as descobertas dos jovens de sua idade. Dominada pela mãe, uma fanática religiosa que reprime qualquer manifestação de vida, Carrie acredita que tudo é pecado. Viver é enfrentar, a cada dia, o terrível peso da culpa.Para os colegas de escola, até mesmo para os professores, ela é uma menina estranha, incapaz de conviver com os demais. Dia a dia mais isolada, sofre com as piadas maldosas e o deboche. No entanto, há um segredo por trás de sua aparência frágil: Carrie tem poderes sobrenaturais, e com a simples força do pensamento é capaz de mover objetos.Esse é seu jogo particular, duramente reprimido como tudo mais em sua vida. No fatídico dia de sua formatura, um ato de bondade ofereceu a Carrie uma outra forma de enxergar a si mesma. Porém, outro ato - de absoluta crueldade - provocou uma irremediável reviravolta e transformou seu jogo secreto em uma arma de horror e destruição. Chegou a hora do acerto de contas.Carrie, a estranha é um dos maiores clássicos de terror da literatura contemporânea e um dos mais aclamados livros de Stephen King.
                                 
    
“Ela não era um monstro. Era só uma garota.” 


'Carrie, a estranha' é o primeiro livro publicado de Stephen King. A edição que li é de 2013 e traz uma introdução do autor contando um pouco sobre o processo de criação e publicação da obra.


Como nunca li nada do mestre King, logo eu que simplesmente amo terror, achei que seria de bom tom começar com o seu primeiro lançamento.

Carrie é uma garota que mora na pequena e remota cidade de Chamberline com sua mãe Margareth White, uma fanática religiosa que criou a menina de forma restrita e acreditando que tudo ou quase tudo é pecado.
Por ter hábitos e modos diferentes dos demais adolescentes da cidade, Carrie é constantemente motivo de chacota para seus colegas de escola. 


“Pichação numa carteira da Chamberlain Junior High School: A Rosa é vermelha, a violeta é azul, a lesma é lerda, mas Carrie White come merda” (p. 40).

Aos 16 anos, Carrie passa por um evento traumático e humilhante no chuveiro da escola, onde o resultado é uma punição severa para quem estava envolvido deixando a garota popular da escola Chris Hargensen com muita raiva já que a mesma estava dentre as meninas que estavam zombando de Carrie.


- Mas quase ninguém descobre que seus atos, na verdade, magoam realmente os outros! Ninguém fica melhor, as pessoas só ficam mais espertas. Quando fica mais esperto, você não para de arrancar asa de mosca, só imagina um motivo melhor para fazer isso. Muita gente está dizendo que tem pena de Carrie White, as meninas principalmente, e isso é uma piada, mas garanto que nenhuma delas sabe o que é ser Carrie White cada segundo do dia. E, no fundo, estão pouco ligando. (p. 76)

Liberada mais cedo pelo diretor para que se recuperasse do acontecido, Carrie vai para casa conversar com sua mãe sobre o ocorrido, porém Margareth a culpa dizendo que tudo isso aconteceu pois ela não se manteve pura e pecou. Logo em seguida maltrata a garota e a tranca no armário, para que ela reze e peça perdão. 


“- E Deus fez Eva da costela de Adão – disse Mamãe. Seus olhos estavam enormes nos óculos sem aro; pareciam ovos pochês. Ela deu um chute de lado em Carrie, e a menina gritou. – Levante- se mulher. Vamos entrar e orar. Vamos orar a Jesus por nossas almas fracas de mulher, perversas e pecadoras
- Mamãe....”

Sue Snell, uma das garotas que zombou dela, sente-se muito arrependida do que fez e como forma de se redimir pede para que seu namorado vá ao Baile de Formatura sem ela, mais que convide Carrie para ser sua companhia.
Sabendo do plano de Sue para se desculpar de Carrie, Chris Hargensen resolve aproveitar que Carrie vai para o Baile para humilhá-la em público para se vingar da punição que levou por zombar dela.
O que ninguém sabia era que Carrie tinha poderes telecinéticos e que estava aperfeiçoando-o a algum tempo, sendo assim no Baile de formatura da Chamberlain Junior High School os cidadãos de Chamberlain descobririam que nenhuma vingança chegaria aos pés do que Carrietta White seria capaz de fazer.


O livro não tem capítulo e é dividido em apenas três partes: Brincando com Sangue, A Noite do Baile e Os Escombros.
A narrativa é feita em terceira pessoa e acompanha o ponto de vista de vários personagens. O mais legal também foi o fato de o autor colocar trechos de entrevistas e estudos fictícios relacionados ao 'caso Carrie'.

O autor inseriu no enredo temas como fanatismo religioso, bullying, vingança e foi muito cuidadoso com tudo. Apesar de o livro ser de 1974, esses temas ainda são comuns, fazendo com que a história se encaixe perfeitamente com a nossa realidade. O autor ainda faz discussões entre os personagens que defendem e os que culpam Carrie. Ele levanta questionamentos sobre ela estar certa ou errada, afinal tudo aconteceu advindo de todo o bullying que sofreu, por causa da sua criação severa, mas ao mesmo tempo, nada dá o direito de um ser humano matar outro, não é verdade?

Concluindo, o livro é espetacular! Eu, como uma iniciante no mundo King, já estou louca para ler outros livros do autor. A forma como ele descreve o personagem, a riqueza em detalhes o cuidado que ele tem para fazer com que seu livro chegue perto da realidade, faz com que você admire esse tipo de literatura e compre qualquer ideia do autor.


Nota: 5

E vocês, já leram este livro? O que acharam? Tem outro preferido do autor? Me indiquem.
Beijúh da Rêh e até a próxima resenha!!!


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