Primeira Impressão: O Lago Negro

Título: O Lago Negro
Autor: Juliana Daglio
Editora: Arwen
Páginas: 368
Ano: 2015

 "Um riso ecoou por todo canto; o som era uma canção transmitindo-se em tons cada vez mais baixos e distantes. Eu costumava ter medo desse riso - um medo do tipo que, em vez de afastar-me de sua presença, me mantinha ainda mais preso a ela." Pág. 4


Verônica tem 20 anos e a alguns meses se mudou para a cidade Lagoana com seu namorado Enzo, 2 anos mais velho que ela, para cursar Jornalismo na UFI (Universidade Federal Interiorana).
Assim que chegam em Lagoana, já percebemos que algo de estranho acontece ali. 
São recepcionados por um senhor mal humorado e carrancudo que os informa o endereço correto da Universidade. Os moradores não gostam dos universitários e o resto da cidade é deserto.

Apesar de ter um relacionamento longo e estável com Enzo, Verônica é insegura. Seus cabelos pretos, lápis de olho, all star e camiseta de banda passam uma imagem errada do que ela realmente é, e por isso a mãe de Enzo não aprova a menina e acha que seu filho poderia estar com alguém melhor. Já a mãe de Verônica é ausente e as duas não se dão bem, o que a fez uma pessoa fechada e de poucas amizades.

"Dizem que o passado é algo que vive dentro de você, por mais esforços que faça para esquecê-lo. Dizem que ele molda seu futuro, que influencia suas decisões e que acaba passando a fazer parte de quem você é, não importando o que escolheu fazer com ele." Pág 13

Assim que chegam na pousada onde morarão, eles conhecem Carol, Pedro e Vinicius, também universitários, que os ajudam com as caixas da mudança e os convidam para uma festa para receber os novos alunos.

Agora, meses depois, Verônica está presa em um porão com um bebê e não consegue pedir ajuda pelo celular que está sem sinal e com a bateria chegando ao fim. Como isso aconteceu e por qual motivo? Não sabemos, mas antes ela grava uma mensagem no celular, caso alguém o ache depois.

“Eu sou Verônica Cattani, a pessoa mais fracassada e maluca que você vai conhecer aos vinte anos de idade. Se eu morrer hoje, quero que ao menos alguém saiba como foram meus últimos momentos, pois eu sei que minha mãe gostaria de saber que morri em paz. Não vai ser assim, mas se caso você conseguir falar com ela, então minta. Diga que encontrou essa gravação em meu celular, mas depois que ouviu, acabou a bateria e o aparelho caiu no chão, se estilhaçou
inteiro. Diga que ouviu minha voz calma, não sobressaltada, ofegante como está agora. Diga que eu a agradeci por ter tentado ser uma boa mãe mesmo que eu não aceitasse, que pedi desculpas por tê-la culpado por tudo. Acima de tudo, diga a ela que a amo.”

Logo em seguida, um homem misterioso entra no porão e não sabemos o que acontece em seguida, pois as 20 páginas enviadas pela autora acabam aqui. :(

"Sinto pena de mim e nessa hora meu coração dói. Não porque eu estava prestes a morrer, mas porque eu odeio sentir pena. É um sentimento que me incomoda, sempre incomodou, que inunda meu coração com ácido, me faz contorcer por dentro. Se sentir pena dos outros sempre foi ruim, sentir pena de mim mesma foi pior do que tudo que já tinha vivido." Pág 11

AAAAAAH, QUE CURIOSIDADE!
O que mais gostei em O Lago Negro é que se passa no Brasil, com personagens que poderiam ser qualquer pessoa do nosso convívio, o que fica muito mais próximo da nossa realidade e nos faz mergulhar na história muito mais rápido.
A escrita da Juliana é super leve e você não vê o tempo passar. Sem falar que ela conseguiu criar cenas que me deixaram tensa com uma facilidade incrível. Fiquei com gostinho de quero mais.

 NOTA: 5

Xoxo :*

2 comentários:

  1. Que post lindo!!!
    Já ganhei 5 corações??? Poxa, que felicidade!
    Adorei conhecer seu blog, e poder ter você no desafio.
    Agora estou ainda mais ansiosa para o lançamento, pra que você possa ler o livro completinho.

    :D
    Obrigadaaaa!!!

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    Respostas
    1. Juuu, muito obrigada! Eu estou mais ansiosa ainda. Assim que eu puder, lerei tudinho. <3

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