Resenha: O Mestre das Cordas

Título: O Mestre das Cordas
Autor: Philippe Alencar
Editora: Arwen
Páginas: 560
Ano: 2016

Ebook recebido em parceria com o autor.




"– Divergências de opinião podem ferir o orgulho daqueles que brandam ao mundo suas convicções, mas temem suas verdadeiras formas. Qualquer um que seja humilde o suficiente para aceitar as diferenças, não será ofendido por elas."



Em 'O Mestre das Cordas' viveremos uma aventura com Barton, Aldesfer e Irvin.
A história se passa em Arkandur, um continente formado por três reinos chamados Dragoria, Tenemus e Asakura.
Em um lugar onde a magia é comum e os magos vivem entre os humanos, há um tempo atrás os mesmos eram até admirados, mas coisas ruins relacionadas à magia negra acontecem e toda a magia é proibida. Como se não bastasse levar toda a culpa, os magos são perseguidos: os que já não foram mortos passaram a viver isoladamente para se proteger.
"O medo era visível nos olhos de cada um dos fiéis. Acreditavam nos Guardiões, mas as forças de sua fé se perderam. Eram crentes sem crer, devotos sem devoção."

Aldesfer, o velho mago do fogo, começa a desconfiar de todos esses acontecimentos macabros e, disfarçado, vai em busca de algumas informações deixadas pelo poderoso Rogarth, que foi morto antes mesmo de desvendar o mistério por trás desses rituais.

"Os espectros nos caçam à noite, e os homens nos caçam durante o dia. Não há mais lugar para nós nos tempos de hoje."

Assim que encontra seus amigos Irvin (o druida) e Barton (o bardo 'Mestre das cordas'), o mago do fogo conta tudo que descobriu através de Rogarth e pede ajuda. 
Barton reluta, pois a missão envolve uma religião antiga e ele é um mago muito cético, mas Irvin insiste e o Mestre das Cordas acaba cedendo ao pedido dos amigos para ingressar nessa missão perigosa.

"– Não importa se alguém acredita ou não, isso não muda o fato de que essa é só mais uma das muitas histórias de muitas religiões que existem! – falando daquele jeito, o bardo fazia a história soar bastante improvável. – Me pergunto se a religião é para ensinar o homem, ou enriquecer poucos outros. Conheço tempos tão luxuosos quanto um palácio real – Barton detestava falar sobre religião, qualquer que fosse."

A partir daí o autor nos oferece muita ação e personagens muito interessantes, o que não poderia ser diferente, já que todo o livro tem relação com RPG (ADORO!). E posso garantir que o final não decepciona em nada!

"Irvin sempre percebera que o bardo era um pouco diferente dos outros membros das Canecas Mágicas. Provavelmente o mais humano de todos eles. Seu poder provinha da música que tocava. Suas melodias tocavam mais profundamente nas almas dos homens do que na de qualquer mago."


Confesso que em alguns momentos me identifiquei com Barton. Esse jeito dele mais resistente à crenças e de ver algumas coisas de forma diferente por motivos de perda me chamou bastante a atenção.

Me controlei bastante pra não dar mais informações do que acho necessário. Sei que, às vezes, pessoas contam demais sobre a história e quando lemos não temos tanta surpresa assim. Apesar do livro ser grande e ter muitas aventuras, acho que o mais gostoso de tudo isso é vocês lerem cada página esperando ansiosamente pelo que vai acontecer depois.

Não tenho pontos negativos para apontar. Achei que houveram descrições longas, mas isso não me incomodou. Me senti fazendo parte de cada cena e acho isso um ponto muito positivo em qualquer leitura. Ah, não poderia deixar de dizer que adorei a capa e tem tudo a ver com o enredo. Leiam, vocês não vão se arrepender!

PS: Se você, assim como eu, ama O Nome do Vento (A Crônica do Matador do Rei), tenho certeza que vai adorar o Barton.


NOTA: 5


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16 comentários:

  1. Obrigado pela resenha, adorei o texto! Eu fico realmente feliz que você tenha gostado da narrativa e relacionado à trama a títulos tão relevantes como O Nome do Vento. Forte abraço e parabéns pelo blog!

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    1. Parabéns pelo seu trabalho também. Fico feliz pela parceria. =D
      Beijo!

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  2. Gostei da resenha. Já tinha lido outras a respeito desse livro e acho o ceticismo do personagem principal muito interessante. É ressaltado em todas as resenhas que vi e acredito que aproxima um pouco o mago dos reles mortais que estão lendo a obra, porque o ceticismo é algo bastante comum no nosso dia a dia.
    Assim como ele, as decepções que tivemos nos leva a duvidar de muita coisa.

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    1. Barton é de longe meu personagem preferido, justamente por senti-lo tão próximo de ser real. Adoro quando um personagem tem características marcantes assim.
      Beijo!

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  3. Olá! Fiz as primeiras impressões desse livro é fiquei louca para ler! Amo fantasia, e os personagens que ele usou: magos, bardos, me lembraram os jogos de MMORPG que jogo. A trama é ótima, espero poder ler logo, beijos!

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    1. SIM! Eu também adoro, deve ser por isso que gostei tanto. Assim que puder, leia mesmo.
      Beijão!

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  4. Olá Tatty,
    Eu gosto de livros assim, que vamos lendo e descobrindo fatos novos. Achei a premissa da história bem interessante e a obra me pareceu extremamente bem construída e desenvolvida.
    Fiquei bem curiosa em relação a alguns acontecimentos e, obviamente, anotei a dica.
    Beijos ♥

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    1. Que bom que achou interessante, Bruna. É um livro que vale a pena mesmo. Beijooo!

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  5. Olá.
    Nunca tinha ouvido falar no livro antes. Não é um livro que eu leria, infelizmente não curto o gênero, e saber que tem descrições longa de mais não ajuda em nada, mesmo sabendo que estas não te incomodou e que o livro não tem pontos negativos.

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    1. Que pena que não gosta de livros dessa temática. Mas não faz mal, existem muitas coisas legais por aí a serem lidas, né?
      Beijo!

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  6. Oi! Tudo bem?
    Eu amo fantasia! É de longe um dos gêneros literários que mais gosto, e ele tem essa característica de trazer muitas descrições e isso acaba sendo necessário para que a gente consiga se ambientar na história. E pela sua resenha isso não atrapalhou em nada o enredo. Quero muito ler!
    Bjs!

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    1. Leia sim. Também amo fantasia e poder imaginar tudo com tantos detalhes é maravilhoso, né?
      Pode ler sem medo. Beijo!

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  7. Tatty, eu amo fantasia e toda magia envolvida, então certamente vou gostar de ler este livro, desde que não tenha continuidade, claro. Gostei de saber que o leitor se sente dentro da obra participando das aventuras e tudo mais.
    Parabéns pela resenha que motiva e aguça a vontade de conhecer o a obra.

    Bjo
    Tânia Bueno

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    1. Pode ler sem medo, Tania. Eu adorei cada parte da história e se você tamnem ama livros sobre magia, pode ler que é muito legal sim.
      Muito obrigada. Beijão!

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  8. Oi Tatty, sua linda, tudo bem?
    Fantasia é um dos meus gêneros preferidos e adorooooo bruxos, risos... Fiquei curiosa para saber o que foi que Rogarth, descobriu antes de morrer. E qual é o motivo para esses rituais. Saber que teremos ação me deixou mais animada ainda!!! Não conhecia o livro, mas não vejo a hora de ler!!! Sua resenha ficou ótima!!!
    beijinhos.
    cila.

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  9. Olá linda...

    Não conhecia essa obra, e adorei a capa.
    Sua resenha também ficou ótima, parabéns. Valeu a dica!

    Abraços

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