Série: Trilogia Encantados #2
Autora: Raiza Varella
Editora: Pandorga
Páginas: 510
Ano: 2016
Oi, pessoal! Estou de volta com a resenha de O Garoto que Tinha Asas, segundo volume da Trilogia Encantados.
O Garoto que Tinha Asas narra a história de Augusto, mais conhecido como Monstro, irmão mais velho da Bárbara (de O Garoto dos Olhos Azuis), e da Anna, a garota sem nome.
Anna vive fugindo de alguém e tem regras pra sobreviver. Quando seu último esconderijo é descoberto ela tem que por o pé na estrada novamente e, em meio a uma perseguição, seu inimigo provoca um acidente, que poderá custar a vida de Anna.
Augusto, que vinha logo atrás e assistiu tudo, presta socorro para a garota e chama uma ambulância. Mas ela, em um momento de desespero, lhe faz um pedido inusitado: cuide da minha vida, e não envolva a polícia. No calor do momento ele acaba lhe prometendo, mas se arrepende logo depois quando descobre que a "vida" dela é um garotinho assustado sentado no banco de trás do carro.
Agora, movido pela promessa, ele terá que cuidar do pirralho e ainda fazer de tudo pra que a garota sobreviva ao acidente e o tire dessa enrascada, porque a história toda não cheira nada bem.
A sorte do Augusto é que ele tem uma família muito louca e que mesmo sabendo dos perigos, acolhe o garoto e, futuramente, a mãe dele.
Augusto é o personagem mais babaca que eu já tive o desprazer de conhecer. Pelo menos até a metade do livro. Sua insensibilidade com a criança, com a situação, me dava vontade de socá-lo.
Mesmo ele tendo feito tudo pelo Nick e pela Anna, como comprado roupas novas (e até um tênis novo pra o Nick), acolhido em casa e protegido, suas atitudes vinham carregadas de - na minha opinião - humilhação.
Quem tá precisando não quer jamais que alguém jogue a "bondade/misericórdia/solidariedade" na cara. E a Anna não pediu nada disso. Ela não pediu roupas caras, nem maquiagem e nem uma chapinha. Tudo o que ela queria era um lugar pra chamar de lar, alguém pra amar e alguém que pudesse amá-la e ao seu filho.
Mas ela também foi muito egoísta. Ela não contou seu segredo pra ninguém, mesmo sabendo que estava colocando todos daquela família maravilhosa que a acolheu em risco. Mesmo que na sua cabeça estava fazendo isso pra protegê-los.
No decorrer do livro, a Anna vai quebrando as barreiras do Augusto, mesmo ele tendo sido o pior babaca do mundo. Ele fez coisas nojentas (não forçou ela a nada, antes que vocês pensem isso).
E o final, mesmo previsível, foi bacana. Acho que o Augusto descobriu que pra ser sincero não precisa ser rude, e que o amor não é algo de que se envergonhar, muito pelo contrário. O amor salva. E essa é a maior lição do livro.
O livro é baseado em A Bela e a Fera, onde a Anna é uma Bela não mais tão bela, e o Augusto é o Monstro, a Fera.
A escrita da Raiza, como eu já falei nas outras resenhas de livros dela, é muito gostosa e descontraída, e prende o leitor desde a primeira linha.
Pra os fãs de romances eu recomendo a Trilogia Encantados e logo, logo volto com a resenha de O Garoto que eu Abandonei, que estou super ansiosa pela leitura.
Beijos!
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