Resenha: As Elizas

Título: As Elizas
Autora: Sarah Shepard
Editora: Harper Colins
Páginas:384
Ano: 2018

Acervo Pessoal

Sinopse: Quando a escritora estreante Eliza Fontaine é encontrada no fundo da piscina de um hotel, sua família acredita ter sido mais uma tentativa de suicídio fracassada. Mas Eliza jura que foi empurrada, e sua única testemunha é quem a salvou. Desesperada para encontrar o culpado, Eliza toma para si a investigação do caso.
Mas, conforme a data de lançamento do seu primeiro livro se aproxima, ela se vê com mais perguntas do que respostas. Por que a editora, agente e a família estão misturando os acontecimentos de sua vida com os de seu livro? Ele não é totalmente ficcional?

Neste livro vamos conhecer a historia de Eliza Fontaine, que é uma escritora que está perto de lançar o seu primeiro livro "As Dots", porém quando acorda em uma cama de hospital com sua mãe,seu padrasto e Gabby, Eliza não entende o que poderia ter acontecido, já que sua ultima lembrança é estar bebendo no hotel Tranquillity e depois saindo para passear perto das piscinas. Sua família explica que mais uma vez Eliza tentou se matar se jogando na água, como fez nas outras 4 vezes já que não sabe nadar. Eliza não se lembra do que aconteceu, mas de uma coisa ela tem certeza, dessa vez ela não se jogou ela foi empurrada, ela se lembra nitidamente de sentir mãos ás suas costas.

“Paro perto da água, procurando freneticamente em torno. O quê? E sinto medo… Mas por quê? Então ouço passos. Há uma confusão de movimento, e tropeço. Ouço um gemido – meu gemido -, e a risada de um estranho.”

Desacreditada por todos, até mesmo pelo policial que foi no hospital, Eliza descide que vai investigar seu caso sozinha começando pelo cara que a tirou do fundo da piscina. Desmond Well seu slvador é um cara estranho excêntrico e bem peculiar, mas também a unica pessoa que acredita em Eliza, sendo assim, com a ajuda de Desmond eles partem em uma busca de respostas sobre o que aconteceu naquela noite.

Nesse meio tempo, temos alguns trechos de “As Dots”, e nele vamos acompanhando a história de Dot e Dorothy, as personagens são sobrinha e tia que se amam muito e se parecem muito também. A história delas são carregadas de amor, companheirismo, e afeto absurdo beirando a insanidade, Dot é tão apaixonada por sua tia que acaba deixando de gostar da própria mãe, já que em uma grande parte de sua vida, ela adoece e fica pulando de hospital em hospital e sempre quem está com ela é a tia já que sua mãe precisa trabalhar para pagar o tratamento dela. 

Os capítulos de As Elizas são intercalados com capítulos do livro "As Dots",com esses capítulos intercalados, foi bem fácil perceber o quanto Eliza trouxe de sua vida pessoal para a ficção, foi uma jogada bem interessante até por que com a mente deturpada de Eliza nunca dava para saber se a vida estava imitando a arte ou a arte imitando a vida. O que sabemos é que algo realmente aconteceu naquela noite e que a busca por respostas será cada vez mais difícil já que a mente de Eliza não coopera, pois quando criança por conta de um tumor cerebral, Eliza ficou com lapsos de memorias ou seja, ela não se lembra da maior parte do seu passado.

Esse foi o meu primeiro contato com a escrita de Sarah Shepard, e posso dizer que achei até bacana a obra. O livro não é muito surpreendente, porém o lance de livro dentro do livro ficou muito interessante até porque a história que se passa no livro escrito pela personagem bem mais instigante do que o enredo do livro.
Falando em personagem a unica que nos conectamos é a Eliza, os outros aparecem só para soltar uma bomba aqui outra ali e somem, até Desmond que tem uma participação maior na história acaba virando um personagem raso e indiferente. Outra personagem que aparece mais é a mãe de Eliza e odiei ela do começo ao fim, mesmo depois de ler o livro todo não concordei em nada do que ela fez, achei a mesma mesquinha, invasiva, a tipica pessoa que faz tudo por ''amor'' inclusive mentir  e omitir coisa de grande importância na vida de sua filha.

Em suma As Elizas é um livro que apesar de não ter uma história tãão empolgante, nos segura na curiosidade e nas reviravoltas, fazendo com que o leitor fique avido para ler o fim e descobrir o que levou a aquilo tudo. Recomendo para quem gosta de livros leves, com uma pitada de suspense e muitos quebra - cabeças.

Até a proxima resenha
Beijuh da Rêh

Nota 4