Entrevista: Vinícius Fernandes


Sobre o autor: Nasceu em São Paulo no dia 25 de fevereiro de 1992. Conheceu o mundo literário com 7 anos, depois de aprender a ler. Então, aos 12, criou sua primeira história, que se estendeu por uma trilogia não publicada. Também escreve contos que publica em seu blog pessoal (brenooficial.wordpress.com). Escrever desde os 12 anos de idade permitiu-lhe aprimorar suas habilidades até chegar a seu primeiro romance sólido, Graham – O Continente Lemúria, que assina sob o pseudônimo de A. Wood. Formado pela Universidade São Judas Tadeu em Tradução e Interpretação, o autor atualmente mora em São Paulo, onde atua como professor de inglês, tradutor e intérprete.



Título: Graham – O Continente Lemúria
Autor: Vinícius Fernandes
Editora: Selo Jovem
Ano:2014
Páginas:208

Sobre o Livro: Peter Graham é um caçador de vampiros, mas não foi sempre assim. Antes era um rapaz homossexual que enfrentava as dificuldades de uma sociedade dividida entre a aceitação, o respeito e a repugnância à sua condição. Tinha amigos, amores, preocupações e medos como qualquer jovem, mas tudo isso ficou no passado. O novo Peter é frio e destemido a conseguir seu objetivo: aniquilar o maior número de vampiros possível. No entanto, tudo sofre uma reviravolta quando se vê obrigado a realizar uma missão à Família de vampiros que procura há muito tempo: caçar e matar um lobisomem. O que Peter não esperava era se apaixonar por ele e acabar por descobrir um segredo muito antigo que pode ajudá-lo em sua busca...


Entrevista

Quando você percebeu que escrever era algo que você gostava e fazia bem?

Eu escrevo desde os 12 anos. Hoje tenho 23 e, durante esse tempo, escrevi uma trilogia não publicada. Acho que isso foi o que me ajudou a chegar num nível bom de escrita: a prática. A cada livro que escrevo, tento melhorar meu método de escrita.


Como surgiu a ideia da campanha #somostodospetergraham?

Surgiu numa conversa com uns amigos no Whatsapp. Rolou alguma brincadeira da qual não me lembro muito, aí uma amiga colocou #SomosTodosPeterGraham como piada. Ao ver a hashtag, tive a ideia.


Na sua opinião, qual a importância dos livros que abordam a homossexualidade como tema principal?

Acho muito importante para quebrar esse tabu. Muitas pessoas veem a homossexualidade com promiscuidade, pecado, e não entendem. Livros que abordam esse tema de forma natural, mostrando que homossexuais são tão humanos quanto qualquer outra pessoa, são muito importantes. Assim é com Graham.


Em uma época de crescimento na literatura nacional, por que escrever um livro com o pseudônimo americanizado?

Ainda existe preconceito com literatura nacional. Embora não seja tão grande como antes, existe sim. Já vi pessoas dizendo que não leem livros brasileiros, mas não sabem o motivo. Não se pode odiar algo simplesmente por pertencer a certa nacionalidade. O pseudônimo americanizado foi um modo de "enganar" essas pessoas, que se interessariam pelo livro sem ter aquele bloqueio por ser um livro nacional. Somente depois de se interessarem que elas pensariam "nossa, é de um brasileiro. Gostei".


Podemos notar que o universo vampiresco é bem diferente de todos que conhecemos, inclusive a lenda que gira em torno do surgimento das criaturas presente em seu livro. De onde veio essa ideia revolucionária?

Eu pensei que as histórias de vampiros são muito exploradas ultimamente, então resolvi fazer algo diferente. Embora seja uma história de vampiros, quis fazer diferente daquilo que vemos em muitos lugares atualmente.


Falando em revolução, seu personagem principal tem uma característica diferente de outros personagens do mesmo gênero que é o homossexualismo. Como foi inserir este assunto no livro? E quanto a aceitação do personagem, você sentiu alguma resistência dos leitores?

Inserir esse assunto não foi problema nenhum, afinal, só reportei algo natural. Peter Graham poderia ser qualquer jovem por aí no mundo. Às vezes, alguns leitores veem que o protagonista é homossexual e acham que o livro terá cenas promíscuas, apenas, mas não é isso. Essas pessoas não entendem. Mas, felizmente, a maioria dos leitores não encontrou resistências nenhuma e adorou o livro quando leu.


Alguém já disse pra você que não valeria a pena escrever um livro? Alguém te incentivou a escrever?

Sim, já ouvi de muitas pessoas que escrever é mais como um hobby, que não dá dinheiro. Realmente, não ganho a vida escrevendo. Mas pretendo continuar lançando outros livros e até mesmo viver de literatura no futuro.


Você teve algum autor ou livro como inspiração? Qual?

Me inspiro em alguns dos meus autores favoritos. Stephen King, André Vianco e também em algumas séries de televisão.


Vi que você, além de escritor, atua como professor, tradutor e intérprete. Está nos seus planos traduzir Peter Graham?

Bom, já estou fazendo uma versão em inglês de Graham. Só não sei como nem quando ela será disponibilizada.


Você continuará escrevendo? Já tem algo em mente? Podemos esperar continuação de Peter Graham ou seremos agraciados com uma nova história?

Claro. Já tenho um livro novo e estou revisando-o antes de enviá-lo à editora. Essa nova história não tem relação com GRAHAM. O livro se chama "O Véu Entre Mundos" e em breve liberarei uma sinopse.


0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, ele é muito importante para nós!

 
CuraLeitura . 2017 | Layout feito por Adália Sá e modificado por Thaiane Barbosa