Resenha: O Futuro da Humanidade

Título: O Futuro da Humanidade
Autor: Augusto Cury
Editora: Arqueiro
Ano: 2005
Páginas: 251

Confesso que sempre tive um certo preconceito com as obras de Augusto Cury por serem tachadas de "auto-ajuda". Este é o primeiro livro dele que leio e li pela insistência, influência e spoilers do meu pai. Com muita propaganda positiva meu pai me convenceu a lê-lo.
Bem, vamos aos resultados: um livro maravilhoso! Bem escrito, bem elaborado, criativo, dinâmico, divertido e bastante filosófico. Um livro que eu indico para todas as pessoas. Na verdade, acho que todo o mundo deveria lê-lo.
O Futuro da Humanidade conta a história do irreverente Marco Polo, um estudante de medicina que adora questionar. Em sua primeira aula de anatomia, questiona ao professor a história dos corpos no laboratório: quem são eles? Qual sua história? Quais suas dores?...

- Esses cadáveres não têm história. São mendigos, indigentes, sem identidade e sem família. Morrem, pelas ruas e nos hospitais e ninguém reclama a existência deles. Não seremos nós que a reclamaremos.

Chacotado pelo professor e pela turma e inconformado com a falta de informações sobre os corpos, Marco Polo resolve investigar o passado desses supostos "indigentes". Fica sabendo por meio de terceiros que um dos corpos foi entregue na universidade por um mendigo chamado Falcão, que disse que o falecido se chamava Poeta da Vida.
Marco Polo vai ao encontro de Falcão, mas descobre que por traz da sujeira do mendigo existe um homem com uma personalidade forte e que para adentrar no mundo de Falcão deveria ser como ele.

Quando Marco Polo pensou que estava causando impacto, Falcão gritou: - Como você é feio! Em seguida, desandou a gargalhar. A praça se emudeceu com tanto riso. Marco Polo ficou vermelho, não sabia se ria ou se corria. Resolveu rir. Rir muito. Rir para não chorar. Era a primeira vez que ria das próprias tolices. [...]

Surge então uma grande amizade entre o estudante de medicina e o filósofo mendigo. Onde o filósofo era o mestre, mas algumas vezes o aprendiz. Marco Polo se especializa em psiquiatria e revoluciona o modo de pensar da medicina.
O livro nos leva a refletir nossos atos para com os outros e para com nós mesmos. Somos realmente livres ou prisioneiros de nós mesmos? Temos muito ou muito pouco? Nos faz questionar o sistema e a mente humana, onde cada cabeça é um mundo. Nos faz valorizar a vida e as coisas simples, respeitar o próximo e fazer do mundo um lugar melhor a partir da mudança em nós mesmos.

Vocês podem calar a minha voz, mas não os meus pensamentos!
Vocês podem acorrentar meu corpo, mas não a minha mente!
Não serei plateia dessa sociedade doente, serei autor da minha história!
Os fracos querem controlar o mundo; os fortes, o seu próprio ser!
Os fracos usam as armas; os fortes, as ideias!

Até mais. Bjinhos da Nath.

NOTA: 5

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