Resenha: O Pequeno Príncipe

Título: O Pequeno Príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Editora: Agir
Ano: 2003
Páginas: 96


“Livro de criança? Com certeza.
Livro de adulto também, pois todo mundo traz dentro de si o menino que foi.” 


É um livro de uma leitura simples, mas cheio de detalhes; com muitas reflexões. Em uma tarde se lê.

“Tu não és para mim senão uma pessoa inteiramente igual a cem mil outras pessoas. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...”

“ – As pessoas veem estrelas de maneiras diferentes. Para aquelas que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, elas são problemas. Para o empresário, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve...”

“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.”

O livro O pequeno príncipe, escrito por Antoine de Saint-Exupéry, conta a história de um piloto (profissão do próprio autor) que foi desencorajado pelos adultos de seguir seu sonho de criança, ser desenhista: 

“As pessoas grandes aconselharam-me a deixar de lado os desenhos (...) e a dedicar-me de preferência a geografia, à história, à matemática, à gramatica.”

Certo dia, uma pane no motor o obriga a pousar bem no deserto do Saara. Adormeceu. Ao acordar ele se depara com o pequeno príncipe que lhe pede para desenhar um carneiro. Não são desenhos comuns, os desenhos mexem com nossa imaginação. O principezinho mora em um pequeno planeta, admira o pôr do sol várias vezes ao “dia” e cultiva uma flor - esta não é uma simples flor, não para ele.  Tudo no livro é dito de uma forma muito metafórica, faz nos enxergar no piloto e pensar sobre nossa falta de simplicidade.

“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.”

Embora seja um livro infantil, Acho que é mais voltado para adultos. O livro fala que “pessoas grandes” veem tudo de uma forma muito séria, sem se importar com sentimentos e sem a profundidade que crianças veem o mundo. 

“As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo para as crianças, ficar toda hora explicando”

Geralmente nós estamos muito preocupados com a quantidade e não com o valor das coisas. É muito comum, que com o passar do tempo e à medida que acontecem desastres, perdemos o encanto com as coisas. Mas por que não fazer como as crianças e enxergar felicidade nas coisas simples da vida? Acho que a gente sempre esquece disso. Essa é a maior reflexão, ao meu ver, que o livro quer nos passar.

“Adultos adoram números. Quando vocês contam que têm um novo amigo, eles não ligam para o que é importante. Nunca perguntam: ‘Qual o tom da voz dele?’, ‘De que ele gosta de brincar?’, ‘Ele faz coleção de borboletas?’. Os adultos preferem perguntar: ‘Que idade tem?’, ‘Quantos irmãos?’, ‘Quanto pesa?’”

“Mas, com certeza, para nós, que compreendemos o significado da vida, os números não têm tanta importância.”

Incrível como em 96 páginas cabem tanta coisa. É daqueles livros que todo mundo deveria ler. Super recomendado.

NOTA: 5

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