Resenha: Ligeiramente Casados

Título: Ligeiramente Casados - Os Bedwyns 1
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Páginas: 288





No início era apenas conveniência, mas eles acabaram se rendendo a uma ardente paixao.










Sinopse: À beira da morte, o capitão Percival Morris fez um último pedido a seu oficial superior: que ele levasse a notícia de seu falecimento à sua irmã e que a protegesse – “Custe o que custar!”.
Quando o honrado coronel lorde Aidan Bedwyn chega ao Solar Ringwood para cumprir sua promessa, encontra uma propriedade próspera, administrada por Eve, uma jovem generosa e independente que não quer a proteção de homem nenhum.Porém Aidan descobre que, por causa da morte prematura do irmão, Eve perderá sua fortuna e será despejada, junto com todas as pessoas que dependem dela... a menos que cumpra uma condição deixada no testamento do pai: casar-se antes do primeiro aniversário da morte dele – o que acontecerá em quatro dias.Fiel à sua promessa, o lorde propõe um casamento de conveniência para que a jovem mantenha sua herança. Após a cerimônia, ela poderá voltar para sua vida no campo e ele, para sua carreira militar.Só que o duque de Bewcastle, irmão mais velho do coronel, descobre que Aidan se casou e exige que a nova Bedwyn seja devidamente apresentada à rainha. Então, os poucos dias em que ficariam juntos se transformam em semanas, até que eles começam a imaginar como seria não estarem apenas ligeiramente casados.


Ligeiramente Casados é um romance de época que acontece em 1814 na Inglaterra, no período de Regência. É protagonizado por Eve Morris e Aidan Bedwyn.
Eve é a filha de ex-mineiro de carvão que foi criada como uma dama, mas que recusou a se casar com todos os pretendentes que o pai arranjava para ela. Ao invés disso, preferiu ficar no campo, no Solar Ringwood, e cuidar da propriedade e de seus funcionários, a maioria párias que não conseguiam emprego em outro lugar.
Aidan, por sua vez, é um honrado coronel do exército. Sua honra, entretanto, o põe em uma fria, já que ele prometeu ao capitão Morris proteger a irmã, Eve, custe o que custar! Aidan é também arrogante e cheio de si e não entende porque Eve mantém a propriedade cheia de “incapazes”, como ele denominou o pessoal da Srta. Morris.
Apesar de Eve constantemente dizer que não precisa da ajuda dele, Aidan, por mero acaso do destino (ou não!), descobre que em alguns dias Eve perderá tudo – sua fazenda e sua fortura – para o primo, Cecil Morris. Cecil é um sujeitinho antipático e ganancioso que não vê a hora de por as mãos na herança da prima e escorraçar todo mundo da propriedade. Todo mundo.
Sabendo disso, o jovem coronel decide que a única maneira de evitar que isso aconteça é casando-se com Eve, um casamento por conveniência que, apesar de comprometer sua liberdade e seus sonhos para sempre, o faria cumprir sua promessa, livrando-o do peso dessa responsabilidade. Para Eve, o mesmo aconteceria, já que seu sonho sempre foi casar-se por amor; mas salvaria não somente a ela como a todos que dela dependiam.

- Ah, Cecil – disse Eve. – Bom dia. Um dia um tanto lúgubre, eu diria, não?
- Estou impressionado por você ainda estar aqui, Eve. Esperava que fosse preservar um mínimo de sua dignidade partindo antes do meio-dia. Não pretende rastejar e me implorar para que permita que fique, não é? Não adiantaria, você sabe, e abomino essas cenas.
- Espero que tia Jemima esteja bem – continuou ela, educada.
- Acredito que todos os outros já tenham partido e que aquela mulher que degradou o nível dessa casa durante o último ano ao se considerar governanta também esteja de saída. – Ele pegou um relógio de bolso e o consultou. – Faltam dois minutos para o horário que determinei que partissem, todos eles. Você também, Eve. À uma hora da tarde, homens estarão chegando, entre eles um oficial, que levará todos os vagabundos à presença do magistrado. Agora, se me der licença. – Ele fez uma pausa para rir da própria piada. – Ou se não me der licença, na verdade, prima. Tenho carruagens chegando e devo descer para supervisionar a bagagem sendo descarregada.
- Cecil, realmente devo pedir que vá embora. Nossa refeição do meio-dia está quase pronta e seus modos pouco corteses não o fazem merecer um convite para que nos acompanhe. Não quero nada seu dentro da minha casa. Na verdade, proíbo expressamente que seus pertences entrem aqui.
- Veja bem, Eve, não vou aturar suas brincadeiras. E não faria isso só por ser minha prima. Jamais gostei de você, e hoje não me importo de dizer isso. Vai deixar esta casa agora, neste minuto. Agora vá saindo sem mais gracinhas, ou terei que usar meu chicote em você?
- Alguém mencionou chicotes? – Aidan saiu das sombras. – Mesmo de brincadeira, simplesmente não posso permitir que... hã, use o chicote em minha esposa.
Houve um momento breve e pesado de silêncio.
- Sua esposa? – Morris estava boquiaberto.
- Minha esposa.

Assim acontece o casamento e poucos dias depois Aidan parte para sua casa, em Lindsey Hall, e para seus irmãos. Só que seu irmão mais velho, o duque de Bewcastle, descobre sobre o casamento de Aidan e exige (exige!) que Eve, agora chamada Lady Aidan, seja devidamente apresentada à rainha.
Sendo assim, Eve parte para Londres para cumprir seus deveres como Lady Aidan Bedwyn e inevitavelmente acaba passando mais tempo com o marido. O que acontece a seguir é uma paixão avassaladora que toma conta de ambos e que os faz questionar seu papel na vida um do outro.


Se o livro é bom? O livro é muuuuito bom! A gente se apaixona por Eve desde a primeira vez. Uma pessoa maravilhosa, com um coração bondoso, humilde, mas extremamente determinada. Aidan demorou um pouco para me conquistar completamente, apesar de ter gostado dele desde a primeira página também.
Eu penso que se o período de Regência foi exatamente como a autora mostrou no livro, então dou graças a Deus por ser desse século. Aquela época era um saco! Cheio de chatices, de normas, de festas em que não se podia fazer nada; as damas não podiam sorrir, tinham que fingir estarem levemente entediadas; os vestidos tinham que ser de tal jeito, o cabelo de tal jeito, a fala de tal jeito... Aff! E a nobreza? Tédio daquela gente chata pra zorra. Acho que estou xingando demais. =/
Mas enfim, Eve é maravilhosa o tempo todo. Aidan conquista a gente aos poucos. E os Bedwyns, com exceção de um ou outro, são insuportáveis. O duque de Bewcastle? Um porre. Não sei como uma mulher conseguiria gostar dele. Vou descobrir isso no livro dele. Freyja melhora com o tempo, mas no começo é chata. Na verdade, eles são esnobes e arrogantes e eu detesto isso.
Mas todo esse contexto e essa representação e essa chatice de alguns personagens fazem do livro um excelente livro e da história perfeita, encantadora, apaixonante! Acho que foi o primeiro romance de época que eu li e simplesmente adorei.
Super recomendo.

- Mas isso existe mesmo, Ainda? O felizes para sempre, quero dizer?
- Não – retrucou ele, o sorriso agora terno. – Existe algo infinitamente melhor do que felizes para sempre. Há a felicidade. Que é algo vivo, dinâmico, Eve, e tem que ser cuidada a cada momento pelo resto de nossas vidas. É uma perspectiva muito mais empolgante do que a ideia tola e estática de um felizes para sempre. Não concorda?
- Sim – disse ela.


NOTA 4

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