Eduardo Spohr é um jornalista, escritor, professor, blogueiro e podcaster brasileiro. É o autor de A Batalha do Apocalipse, da trilogia Filhos do Éden, e participante do podcast Nerdcast, do site Jovem Nerd.
Conheça um pouco mais sobre a história do autor clicando aqui.
Entrevista
1) Eduardo, suas obras são conhecidas e lidas em todo o Brasil e, pela qualidade, muitas pessoas acham que é uma obra estrangeira. Como você se sente ao ser confundido com um autor internacional? Qual a sua opinião a respeito do modo de pensar de que tudo o que é bom vem de fora?
R: Para falar a verdade, não tenho problema com isso. Só espero q as pessoas leiam e curtam. ;)
2) Aproveitando a deixa da pergunta anterior sobre Brasil, o que você pensa sobre a resistência dos brasileiros quanto à literatura nacional? Ou pior (?) ainda, sobre a “americanização” dos nomes de personagens brasileiros em histórias que acontecem no Brasil? Não sei se você já leu alguma obra com essa característica, mas é bastante comum.
R: Não vejo muito essa resistência, pelo contrário. A maioria dos leitores tem orgulho da literatura nacional, e dão a maior força a nós, escritores. Também não vejo problema em autores escreverem livros com personagens com nomes estrangeiros. A literatura é essencialmente anárquica. Acho bacana cada um escrever e fazer o que achar interessante.
3) Nós do blog CuraLeitura, acompanhamos não só os seus livros, mas também o nerdcast. Sabemos que houve a criação de uma capa para A Batalha do Apocalipse, mas foi considerada pela editora como infanto-juvenil e o livro foi lançado com outra capa. Conte-nos um pouco sobre como é ter que abrir mão de algumas coisas para que os livros sejam lançados e quais as principais dificuldades que você enfrentou para ter suas obras publicadas.
R: Não diria que foi uma dificuldade, não. Eu desde sempre concordei com a editora quando ela disse que a capa azul era melhor para a exposição nas livrarias. Eu gosto da capa da Nerdbooks também, mas talvez seja mais adequada ao público nerd.
4) Você é um autor muito conectado, tem várias redes sociais, interage bastante com seus fãs... Para você, qual a importância desse contato direto com os leitores? Em que isso influencia na sua vida e na sua carreira como escritor? Você acha que todos os autores deveriam ter essa interação ou você faz apenas porque gosta?
R: É muito gratificante. Adoro estar em contato com os leitores. Na realidade, penso que é o mínimo que eu posso fazer, isto é, dar atenção a eles, afinal são os leitores que são os verdadeiros responsáveis pelo sucesso dos meus livros. Essa interação é fascinante para mim.
Quanto aos escritores mais reclusos, não posso julgar. Como eu disse, acho q cada um deve fazer o que o seu coração mandar.
5) Os personagens de seus livros são baseados em personagens de RPG criados por você e seus amigos. Conte para a gente sobre como jogar RPG te influenciou e te ajudou a se tornar um escritor.
R: Jogar RPG me ensinou a criar personagens, mundos, religiões, países, conflitos... tudo isso foi, ao meu ver, essencial para que eu conseguisse elaborar o roteiro dos meus livros depois. Mas também não acho que um escritor precise jogar RPG sempre. Funcionou para mim; talvez não funcione para todos...
6) Você recebe muitos comentários/elogios/críticas de leitores estrangeiros? Como se sente sobre isso?
R: Não tantos quanto do Brasil. Meus livros foram publicados até agora em poucos países ainda, e a língua é sempre uma barreira. Mas às vezes troco ideias com leitores estrangeiros e isso é muito bacana!
7) Você trouxe um universo novo em A Batalha do Apocalipse e o expandiu de modo formidável em Filhos do Éden. Contudo, as tramas se desenvolveram – mesmo com a presença de personagens como Shamira, Kaira, Ismael e Urakin – ao redor de querubins. Seria possível, no futuro, vermos outras histórias do Spohrverso com, por exemplo, elohins como protagonistas?
R: Com certeza, seria sim.
8) Quando Ablon roda a roda do tempo e volta e ele se torna o ser mais poderoso, a história seguiria o mesmo curso onde Lúcifer e Miguel ainda iriam conspirar para tomar o universo para si?
R: Isso cabe ao leitor responder. Cada um deve imaginar o seu próprio "final" ;-)
9) Você pretende, algum dia, se aprofundar nas Guerras Etéreas?
R: Por enquanto, não há planos, mas tudo é possível.
10) O que podemos esperar para 2016? Teremos alguma novidade? Você pretende escrever outras obras com esse mesmo tema? E com outros temas?
R: O próximo projeto é a Enciclopédia Ilustrada da série, a ser lançada no natal deste ano.
A equipe do CuraLeitura agradece imensamente pelo autor ter tirado um pouco do seu curto tempo para responder a entrevista e deseja muito sucesso nessa caminhada.
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