Resenha: Tarântula

Título: Tarântula
Autor: Thierry Jonquet
Editora: Record
Páginas:160
Ano: 2011













Sinopse: O cirurgião plástico renomado e a bela mulher prisioneira de suas vontades, a adolescente que se automutila em um hospício, o jovem acorrentado no porão obscuro depois de uma perseguição implacável, o assaltante fugitivo condenado pelo próprio rosto. Um erro fatal do passado reúnirá Richard Lafargue, Ève, Viviane, Vicent, Moreau e Alex Barny na mesma teia.


O livro gira em torno de Richard Lafargue um renomado cirurgião Francês e seu relacionamento com Ève, até então apresentada como sua prisioneira. Lafargue tem uma relação de amor e ódio com Ève e ela o mesmo por ele. Os dois se provocam o tempo todo ao mesmo tempo Lafargue demonstra cuidado irracional por Ève. Lafargue parece fazer de tudo para que Ève sofra mais ela não fica para trás (toda vez que Richard se encontra à porta de seu quarto, a mulher toca “The Man I Love” no piano, apenas porque ele odeia essa música), todo esse jogo de crueldade, vingança, cuidado e carinho criam um clima que aguça a nossa curiosidade acerca do relacionamento dos dois – que permanece propositalmente mal delineado até o meio da obra. 

Largou Richard por um instante para se aproximar da orquestra e pedir que tocassem “The Man I Love”. Quando os primeiros compassos, sutis e langorosos, soaram, ela estava de volta junto a Lafargue. Um sorriso sarcástico nasceu em seus lábios quando a dor aflorou no rosto do médico.

Mais além o autor vai nos apresentando o passado de Ève e com isso nos explicando pouco a pouco, qual o motivo dessa união, de um casal que se odeia, o porquê dessa união e o que os mantem juntos. 

... Lembre-se. Era uma noite de verão. Fazia um calor horrível, úmido, um fardo insuportável. Um temporal estava prestes a cair. Você pegou sua moto e fugiu pela noite.[...]

Além disso um personagem é acrescentado na história. Alex é um assaltante que tem o rosto marcado pela polícia e com isso precisa fugir, condenado pelo próprio rosto Alex procura uma forma de se esconder da polícia e com isso ela acaba encontrando o Dr.Lafargue. A partir daí os personagens começam a se cruzar, e a história vai ficando cada vez mais clara e mais terrível... 


Não, nada era simples: era preciso convencer o cirurgião a operá-lo, a ele, Alex, bandido procurado pela polícia...




Bom se eu falar mais posso acabar soltando spoiler já que o livro é bem curtinho 158 páginas, e com isso toda a história acontece rapidamente. 

A escrita de Thierry é perfeita, ele consegue transmitir todos os sentimentos de seus personagens para nós, por exemplo tem partes que ele descreve tudo como se estivesse falando DE VOCÊ e COM VOCÊ. E isso deixa um clima tenso no ar que dura em torno de três ou quatro páginas, gerando vários momentos de apreensão. 

O livro é divido em 3 partes: I a aranha; II o veneno e III a presa. Essa divisão demarca sem sombra de dúvidas começo, meio e fim da história. 

A capa faz jus ao que acontece no livro assim como o seu título. 

O livro recebeu uma adaptação cinematográfica intitulado A Pele Que Habito, que por sinal conheci primeiro que o livro. Todas as duas obras são incríveis, recomendo que leiam o livro e assistam o filme. O filme é baseado nessa obra sim, mas contém elementos completamente diferentes, e o melhor de tudo você vai se surpreender com ambos os finais, já que o mesmo se difere nas duas ocasiões. 

Os: Tanto o livro quanto o filme não é aconselhável para pessoas 
com estômagos fracos e/ou facilmente impressionáveis, pois ambos são extremamente perturbadores.

Já leu esse livro? O que achou? 
Até a próxima resenha

Beijúh da Rêh

Nota 5

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