"Os suicidas, mesmo os que planejam a morte, não querem se matar, mas matar a sua dor." Augusto Cury
Todos que, pelo menos, utilizam o facebook ou demais redes sociais, conhecem a campanha Setembro Amarelo. Já está no fim do mês de setembro, mas nunca é tarde para falar disso. Na verdade, é sempre importante falar sobre o assunto para os desavisados de plantão e lembrar que depressão não é frescura.
Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que está, na maioria das vezes, ligado a uma profunda depressão, a qual muita coisa pode influenciá-la. Não precisa ser nenhum especialista no assunto para saber que quem tem depressão precisa ser compreendido e não julgado.
A cada 45 minutos um brasileiro atenta conta a própria vida, somos o 8º país no mundo em números absolutos de suicídios consumados e 17% das pessoas no Brasil já pensaram em se matar. 1 milhão de casos no mundo. E segundo a ONU 90% dos casos poderiam ser evitados. Por isso a campanha é tão importante para a conscientização, não só de quem pensa em praticar o ato, mas também das pessoas que não entendem do assunto e acham bobagem.
Na literatura, muitos autores abordam esse tema em seus livros. listamos alguns:
Os 13 porquês (resenha aqui)
Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker - uma colega de classe e antiga paquera -, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.
Perdão, Leonardo Peacock
Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.
Por Lugares Incríveis
Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.
Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.
Mathilda Savitch
Mathilda Savitch tem conflitos que extrapolam as dores comuns da adolescência: sua irmã mais velha é brutalmente assassinada, jogada na frente de um trem por um desconhecido. Com a angústia de uma nação em guerra contra o terrorismo e os pais enlutados pela tragédia familiar, Mathilda decide usar a maldade para provocar alguma reação neles, que estão completamente catatônicos. Eleito o melhor livro de 2009 pelo The Christian Science Monitor, pela Booklist e pelo The Globe and Mail, o romance de estreia do poeta e dramaturgo Victor Lodato retrata, de maneira impressionante, a vulnerabilidade e a aparente ousadia adolescente.
Como Eu Era Antes de Você (resenha aqui)
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Se conhecem mais livros com esse tema, comentem. Tchauzinho, até a próxima!
Oi, Meirilane, Parabéns pela postagem e faço votos de que não paremos mais de falar sobre o assunto. Que todos os meses tenhamos um "assunto amarelo" em nossas postagens :)
ResponderExcluirAproveito e indico Uma Canção Para Libélula, volumes 1 e 2 , da Juliana Daglio ,pela Editora Arwen.
Beijos e boas curtidas !