Resenha: O Beijo da Morte

O beijo da morteTítulo: O Beijo da Morte
Série: Sob a Luz das Galáxias #1
Autora: Judie Castilho
Editora: Chiado
Páginas: 478
Ano: 2016

Olá, leitores! Hoje venho falar para vocês sobre o livro O Beijo da Morte, da querida Judie Castilho.

O livro é o primeiro volume da série Sob a Luz das Galáxias e é relativamente grande, então a resenha vai ser um pouco grande também. Tenho muitas coisas a falar.

Começando pelo universo criado pela autora: vários planetas, com vários povos distintos, cada um com capacidades físicas e/ou mentais incríveis. E um amor impossível.

Uma romântica, perigosa e surpreendente viagem a uma galáxia distante, num triângulo amoroso diferente de tudo o que você já viu.
De um lado, um amor leve, divertido, tranquilo... Possível.
De outro, um amor ardente, avassalador, compulsivo... Mas impossível.
Quando a paz no universo está ameaçada... Um amor impossível pode se tornar uma poderosa arma nas mãos inimigas.
Na série, temos 16 planetas aliados, que fazem parte da União Universal (Uni Uni). A Haysla, nossa protagonista, é uma mestiça entre um ordeano (de Ordleon) e uma terráquea (da Terra, obviamente). Seu pai, Vryan, é ninguém menos que o presidente da porra toda Uni Uni.

A Haylsa é uma adolescente de recém feitos 17 anos. Determinada, objetiva, orgulhosa e cheia de si. Sua melhor amiga é a Violyt, também mestiça de um ordeano com uma terráquea. A Viol, por sua vez, é delicada, sensível e um pouco insegura. Mas me conquistou muito.

A Haysla, apesar de ser bem segura de si - o que eu normalmente gosto numa personagem -, chega a ser chata em quase todo o livro; sua arrogância faz dela muitas vezes mal educada. Ponto negativo. O ponto positivo é que, apesar do egocentrismo e de querer ser sempre o centro das atenções, ela é uma leoa, ou melhor, uma cobra, quando o assunto é defender seus amigos, principalmente a Viol.

As duas, que moravam na Terra desde os 9 anos de idade, foram para Frantila, o planeta sede da Uni Uni, morar com Vryan e estudar na Academia Frantila, o melhor colégio do universo. Em Frantila, residem pessoas de todos os planetas aliados.

A Haysla desperta a paixão em Keynel, um trolk (do planeta Trolkion, cujos cidadãos são extremamente fortes e rápidos), e os dois enlaçam um namoro. Keynel, apesar de ser puro músculo, é um doce de pessoa: gentil, amoroso, cuidadoso e muito inteligente. Além de muito gato.

Mas a Haysla, não conformada, resolve se apaixonar justamente por seu professor: Benjamin. O problema dessa paixão proibida não é Ben ser professor e Hay aluna, e sim o fato dele ser um klyso, um cidadão de Eklyeses, poderoso, com uma altíssima expectativa de vida e... venenoso. Pelo menos para Haysla.

Benjamin, como todos os klysos, possui em seu corpo uma substância mortal para alguns povos. Uma gota de seu veneno (que pode ser expelido pelo seu suor) no interior do organismo de Haysla e pronto: ela morre.

Apaixonada por Benjamin, namorando Keynel.. Haysla faz muitas coisas que eu - e até ela, na verdade - não considero nem um pouco corretas. Afinal, traição não é só beijo na boca ou contatos mais íntimos. Ela acontece na nossa mente também. E Haysla, mesmo tendo um namorado prefeito ao seu lado, deseja Ben a todo instante.

A Haysla é autoritária, birrenta, muito mimada e por vezes infantil. O que não deixa o livro ruim; ela simplesmente não me cativou.

Eu amei o Keynel, ele é um cara incrível e merece um amor só pra si. Não quero que ele sofra.

Amei a Violyt, ela é linda, delicada.. Um amor de pessoa.

E o Ben.. Bem, o Ben é um cara maravilhoso também, um professor divertidíssimo, daqueles que transformam até o mais chato dos assuntos em algo bem interessante. O tipo de professor que cativa os alunos e, justamente por isso, tem autoridade sobre eles. Além de ser muito lindo também.

O livro foi publicado pela Chiado e tem aquele material que a gente já conhece: a capa um pouco mole e as folhas amareladas. O design da capa e a diagramação, porém, são um caso à parte. A capa é linda, bem diferente, super chamativa (eu tava lendo o livro na espera do médico e tinha uma menina ao meu lado que não parava de encarar o livro) e cada capítulo inicia com um design especial.

O livro não tem muitos erros de digitação ou ortografia; tem só um aspecto que dificultou um pouco a leitura para mim: as falas começam com o travessão, mas entre a fala e a descrição/explicação da cena não tem outro travessão, de modo que fica meio difícil de saber onde a fala realmente termina. E em alguns trechos, onde a fala era grande e partia para outro parágrafo, a falta de aspas para simbolizar a continuação da fala também dificultou um pouco. Mas não impediu a fluidez da leitura.

A Judie escreve muito bem e nos capítulos finais, nas cenas de batalha - sim, o livro não é só romance, tem uma guerra entre os aliados e os gafanhotos (povos de outros planetas que não fazem parte da Uni Uni) -, eu pude sentir a tensão da cena e imaginar exatamente como tudo acontecia.

Então, pra não me estender ainda mais, foi uma leitura que eu gostei bastante, li bem rápido e mal posso esperar pela continuação. Antes que eu me esqueça: o livro tem um final, tem a deixa para a continuação, mas não ficou nenhuma ponta solta na história, o que eu achei ótimo!

Espero que vocês tenham gostado da resenha e que leiam quando puderem. O universo criado pela Judie é simplesmente deslumbrante!

Beijos intergalácticos!

NOTA 4

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