SEGUINDO EM FRENTE

HEEEEEY, tudo bem? Venho com mais um conto e espero muito que vocês gostem. Um beijo <3

MÚSICA: https://www.youtube.com/watch?v=7AF1xQswJKg


A rua praticamente vazia e as lojas quase todas fechadas por causa do frio. O inverno deixava a cidade com um ar de tristeza e vazio. Era assim que me sentia todos os dias… Pensamentos aleatórios faziam-me parar a cada passo dado. Ajustei o capuz em minha cabeça dando uma arrumada em meus cabelos rebeldes que insistiam em cair sobre os olhos, voltei as mãos para dentro do casaco que ganhará no Natal passado.

Entrei na cafeteria enfrente da livraria que ainda estava fechada e o cheiro maravilhoso de cafeína invadiu meu nariz. Sentei na oitava mesa ao lado da janela, os vidros abafados impossibilitavam a visão do lado de fora. Peguei meu caderno surrado que não saia sem, escrevendo pequenas frases. Era uma frustração estar ali e por que eu estava ali então ?

Fiz o impossível para não pensar na dor das lembranças que me atormentavam desde sempre, mas foi em vão. Os sinos da porta anunciando que alguém estava entrando fez com o que me despertasse do meu idiota delírio. Parecia surreal, a única coisa que não ousava encontrar naquela manhã.

Era a mesma pessoa que tirará meus sonhos exatamente a dois anos, a mesma pessoa que me fez sorrir com suas fotos engraçadas com amigos no Instagram, era a mesma pessoa que me convidou para sua festa completamente louca, era a mesma pessoa que esbarrou comigo indo direto para a calçada coberta de neve, a mesma pessoa que me ofereceu um café, era ele.

Pequenos flashs de nossas poucas conversas passavam como um filme sendo produzidas por mim mesma. Nossas conversas bobas e sua paixão incurável por filmes de ação. A sua teoria sobre o amor “o sentimento mais forte que existe no mundo, pode curar qualquer tipo de dor” e sua admiração pela garota que passa tempo suficiente para gostar dela. Ele já gostava de alguém e mesmo assim não me importei. Em um pequeno frasco de chances, eu acreditei que seria possível gostar de mim. Eu sinto muito, realmente sinto muito.

Seu sorriso radiante e seus olhos azuis em uma cor que eu nunca virá antes. Achei que não reconheceria aquele sorriso que me fazia tão mal, que fracasso! Aquilo não era o pior, meu olhar caiu sobre sua mão entrelaçadas com a dela.

Eu poderia te querer tanto, mesmo não podendo te querer. Não tenho esse direito! Ela tem? Provavelmente. Não é minha bela resposta, não é algo que gostaria de pensar nesse exato momento.

Porém era a mão dela que ele segurava, o mesmo café que estaria pagando, o mesmo Starbucks que me levou a dois anos atrás… Só que dessa vez era ela e não eu com meu suéter vermelho!

Não pensei no frio que estava lá fora, não pensei na livraria que ainda continuará fechada, simplesmente não pensei em nada. Levantei e sai andando até a porta sem que você pudesse me ver. Lágrimas escorriam descontroladamente e uma voz lá no fundo repetia a mesma frase a cada segundo “Está tudo bem, ele não te prometeu nada, aliás nunca sequer pensou em prometer”.

Em um impulso, meu corpo girou no sentindo oposto na qual caminhava, seus olhos que acabará de se encontrar com os seus e seu sorriso que foi desfeito, suas sobrancelhas arqueadas me perguntando onde eu estava esse tempo todo. Mesmo querendo ir ao seu encontro e dizer-lhe que sempre gostei tanto dele, sai pedindo para as forças maiores me ajudarem a continuar com minha jornada em busca de paz. Não parecia que havia andando até a porta e com as mãos na maçaneta me arisquei uma última vez a olhar em sua direção e ele já não olhava mais. Abri e segui em frente.


“Meu coração desesperado junto com o Destino (se é que existe), simplesmente arrumou uma maneira louca de me encontrar com você.”

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