Resenha: As Mentiras de Locke Lamora

Título: As Mentiras de Locke Lamora - Nobres Vigaristas 1
Autor: Scott Lynch
Editora: Arqueiro
Páginas: 463
Ano: 2014



Livro recebido em parceria com a Editora Arqueiro.









Sinopse: O Espinho é uma figura lendária: um espadachim imbatível, um especialista em roubos vultosos, um fantasma que atravessa paredes. Metade da excêntrica cidade de Camorr acredita que ele seja um defensor dos pobres, enquanto o restante o considera apenas uma invencionice ridícula.
Franzino, azarado no amor e sem nenhuma habilidade com a espada, Locke Lamora é o homem por traz do fabuloso Espinho, cujas façanhas alcançaram uma fama indesejada. Ele de fato rouba dos ricos (de quem mais valeria a pena roubar?), mas os pobres não veem nem a cor do dinheiro conquistado com os golpes, que vai todo para os bolsos de Locke e de seus comparsas: os Nobres Vigaristas.
O único lar do astuto grupo é o submundo da antiquíssima Camorr, que começa a ser assolado por um misterioso assassino com poder de superar até mesmo o Espinho. Matando líderes de gangues, ele instaura uma guerra clandestina e ameaça mergulhar a cidade em um banho de sangue. Preso em uma armadilha sinistra, Locke e seus amigos terão sua lealdade e inteligência testadas ao máximo e precisarão lutar para sobreviver.




O livro é dividido entre os capítulos normais e interlúdios entre os capítulos. Então a gente conhece a história atual de Locke e dos seus amigos e também o passado de cada um deles.
Locke, quando se tornou uma Pessoa Certa de Camorr (Pessoas Certas são os ladrões, vagabundos, golpistas etc.) tinha cerca de 5 anos: após sobreviver a uma peste que matou sua mãe e mais da metade dos moradores do seu bairro, o Pegafogo, é comprado pelo Aliciador e levado para o Morro das Sombras, seu novo lar - que não passa de um cemitério abandonado. Lá é ensinado a fazer o que ele já sabe bem: roubar. O problema, entretanto, é que Locke rouba demais, e isso traz problemas para o Aliciador que vende o menino para o Padre Correntes, um "sacerdote cego" do deus dos pedintes, Peleandro.
No templo, Locke é apresentado aos gêmeos Sanzas, Calo e Galdo, e juntos vão aprender a aplicar os mais complexos e sutis golpes contra os ricos. Correntes, que não é cego e nem um sacerdote de verdade, será o mentor dos pestinhas. Pouco tempo depois, Jean Tannen entra para o grupo e assim a gangue está completa.
No presente, os Nobres Vigaristas estão aplicando mais um golpe, dessa vez contra Dom Salvara.
Mas um problema maior e mais feio aparece: o temido Rei Cinza, que tem matado garristas de diversas gangues. Garristas são os líderes das gangues, e pezons os aprendizes ou seguidores. O que liga um garrista ao outro é o único fato de todos eles terem a distância - não precisam ser vigiados pelo Capa Barvasi, o chefão do crime na cidade.
Locke, sendo garrista, pode ser o próximo alvo, e isso aterroriza ele e os amigos, que fazem de tudo para protegê-lo. Mas os problemas estão apenas começando...
Preso em uma armadilha, Lamora se vê entre a cruz e a espada e os acontecimentos que se seguem viram de ponta cabeça toda a sua rotina, sua vida, seu mundo.
Será que os Nobres Vigaristas conseguirão se safar? Serão eles mais ricos e inteligentes como gostam de se gabar?



O livro tem uma escrita leve, apesar dos inúmeros palavrões, e a história é totalmente diferente daquilo que estamos acostumados. É um mundo novo, uma cultura nova, tudo novo. E realmente, muito bom! Scott Lynch, que adora escrever sobre vigaristas e trapaceiros (como vimos em seu conto no livro O Príncipe de Westeros, resenha aqui), caprichou nesta estória.
O único defeito que eu vi e que me incomodou um pouco foram os erros gramaticais presentes no livro, que não são muitos, mas não me passaram desapercebidos.
Um bom livro. Recomendo.
E que venham Mares de Sangue!

NOTA: 4

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, ele é muito importante para nós!

 
CuraLeitura . 2017 | Layout feito por Adália Sá e modificado por Thaiane Barbosa