Resenha: Doce Amargo

Título: Doce Amargo
Autora: Evelyn Santana
Editora: Coerência
Páginas: 442
Ano: 2016


Livro recebido em parceria com a autora Evelyn Santana.


Quantas vezes um coração pode ser machucado antes de deixar de amar? 
Melinda é uma garota que não conhece suas origens, tendo sido abandonada com poucos dias de vida em um orfanato, onde se apaixona por uma ilusão, um rosto em uma foto no jornal: Robert Blackwell, um promissor empresário que fez uma generosa doação para o orfanato onde ela morava. Anos mais tarde, Linda consegue se erguer, estudar e garantir um bom emprego na empresa de Robert. Um acidente faz com que se encontrem. A ganância dele os aproxima. E o amor sela tudo.


Doce Amargo é um livro que me chamou atenção pela sinopse e quando eu o recebi pensei: “nossa, que livrão!” (Ele é bem grande). Comecei a ler e já nos primeiros capítulos pensei: “tá me parecendo um romance bem clichê, desses bem previsíveis”.

Vou começar contando um pouco sobre o enredo do livro: o romance gira em torno de Robert Blackwell e Melinda Calle. Ele, um empresário de sucesso com um passado turbulento com a família, principalmente com o falecido pai, Frederick Blackwell. Ela, uma latino-americana que foi abandonada pelos pais ao nascer e viveu num orfanato e em lares temporários a vida toda; atualmente é uma simples contadora na R Blackwell Corporation.

Melinda ama Robert em segredo porque, lá no passado, quando ela ainda morava no orfanato, ele fez uma generosa doação para o Raio de Sol, e isso gerou um imenso sentimento de gratidão em Linda. Ele, porém, não sabe da sua existência. Até que um dia, sem querer, eles se esbarram.

“- Christine...
- Não, Linda! Eu não vou ficar assistindo enquanto você gasta os melhores anos da sua vida trabalhando para otimizar a empresa de um cara doente por controle e que tem dinheiro o bastante para comprar até mesmo sua alma.
- Eu não tenho o menor interesse em comprar almas, senhorita – murmurei calmamente, assistindo com prazer às duas mulheres à minha frente sobressaltarem-se e fitarem-me com notável espanto.
- Se-senhor Blackwell – Christine murmurou atordoada [...]”
p. 37

Começa então um romance turbulento. Para ela, a realização de um sonho: estar com seu amado; para ele, a única forma de colocar as mãos na herança deixada pelo pai, que foi bem claro em seu testamento: ou Robert se casa em três meses ou a mansão da família vai para sua amante e seus filhos bastardos. Linda, claro, não sabe de nada disso.

Eu confesso que o livro me surpreendeu a cada página! Pode até ser “romance água com açúcar”, clichê ou que mais se pode chamar, mas foi impossível não virar as páginas desesperadamente querendo saber o que aconteceria. Para mim, não foi nada previsível.

Melinda é uma mulher forte, independente e que, apesar de amar Robert incondicionalmente, sabe se impor e tem amor próprio. Ela luta com todas as suas forças pelo relacionamento dos dois, mas entende seus limites e sabe que, quando os atinge, é hora de sair de campo e dar a partida por perdida.

Robert, por sua vez, é egoísta e mesquinho. Apesar de, mesmo sem saber, amar Linda, ele deixa sua ganância e seu orgulho falar mais alto. Eu desejei ardentemente que ele sofresse e adorei quando Linda disse poucas e boas para ele.

A Evelyn soube construir os personagens e escrever o livro de forma magistral. São 440 páginas que passam voando e quando acabou eu só desejei mais de Melinda. Mais de Robert também, desde que ele esteja sofrendo.. Hahaha

O livro tem uma capa simples, e o título condiz com o conteúdo. A diagramação é linda e a revisão, excelente. Só achei a fonte um pouco pequena (eu não enxergo muito bem então pra mim a fonte poderia ser maior), mas sei que se fosse maior o livro seria gigantesco!

Quem tiver a oportunidade de ler, leia! É maravilhoso, vocês não vão se arrepender. E que venha o próximo volume, estou aguardando ansiosamente!

Beijos!

NOTA 5

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