Resenha: A Besta dos mil anos

Título: A Besta Dos Mil Anos
Autor: Ilmar Penna Marinho Júnior
Editora: Jaguatirica
Páginas: 304
Amo: 2018


Livro recebido em parceria com a Oasys Cultural










Sinopse: A busca por uma antiga tapeçaria e o mal espalhado por onde ela passa é pano de fundo para o primeiro livro da Trilogia do Apocalipse, de autoria de Ilmar Penna Marinho Júnior, que aborda temas como fé, violência, crime, ganância e sexo. Uma das sete peças que faltam para completar a Tapeçaria do Apocalipse, elaborada no século XIV e exposta no Castelo de Angers, na França, a de número 75, que traz a "Besta aprisionada por mil anos", depois de séculos, tem seu paradeiro afinal descoberto no Brasil na Rocinha, favela do Rio de Janeiro, então dominada por violentos traficantes.

Em "A Besta dos Mil Anos" vamos acompanhar a busca incessante de uma antiga tapeçaria que a foi criada há muitos anos, mas que infelizmente foi retalhada e posta a venda, pois na época da revolução francesa os objetos sacros foram destruídos. A maior parte da tapeçaria se encontra exposta no Castelo de Angers, porém renomado historiador e curador Ferdinand Rochemont de Sailly nunca desistiu de encontrar a parte mais importante da obra que representa o apocalipse, parte essa que mostra a besta aprisionada por mil anos.

(...). Reconhecia como legítima e saudável a ambição do curador do castelo em recuperar pelo menos um dos sete quadros perdidos da sequência da Revelação Divina; em especial, a recuperação a qualquer preço da cena desconhecida do Diabo enjaulado por mil anos. Na verdade, temia que esse quadro desaparecido significasse que o dragão de sete cabeças estivesse solto e fosse o grande responsável pela atual desordem no mundo. Onde estivesse, estaria semeando a discórdia, incentivando a aids, a pedofilia, o aborto e a clonagem humana, instigando a violência, a ganância e a corrupção. Tudo indicava que os homens teriam perdido a batalha do bem contra o mal. (...).

Depois de muita investigar, uma pista do paradeiro da obra foi encontrada. Fontes seguras indicavam que a peça de arte está no Brasil, para ser mais exato no Rio de Janeiro, na favela da rocinha. O resgate da obra é de suma importância, pois além do valor que a obra possui, a peça de acordo com os antigos templários, representa a desordem no mundo podendo ocasionar violência, ganância, ódio e muitos outros males que poderiam atingir a humanidade, já que a besta estaria à solta.

- (...)A cena mostraria a insistência e a sobrevivência da fé. (...), se a cena da tapeçaria anda pelo mundo, com o diabo à solta, explica-se tanta criminalidade, violência, luxúria, perversão e pornografia, e o pior é que não deve deixar de ter seus adoradores por toda a Terra...

Sendo assim, o padre responsável pela ajuda na restauração da obra chama seu sobrinho, Aurélien um pesquisador, bibliotecário mas também, policial, exímio atirador e campeão do arco e flecha, para viajar para o Brasil.Ele irá atrás de um ONG situada na rocinha que estaria tratando da compra da tela, e também para averiguar a autenticidade do quadro. 

Aurélien ganhava, aos poucos, em seu íntimo, uma crescente consciência de que a vida é uma viagem cheia de mistérios e surpresas, ligados à grande aventura de estar no mundo, (...).
No Brasil, vamos ter contato com outros personagens, como; Lisa, Ana, Leonardo, Júlia, Caveirinha e outros. Os mais importantes são Júlia, uma jornalista que morava em Mauá, mas se mudou para o Rio para buscar seus sonhos; Leonardo, casado com Ana, e que com ela tem um filho que se chama Lucca. Com o casamento em crise Leonardo acaba se envolvendo com Lisa, uma astróloga em quem ele confia piamente para ler seu mapa natal e advertir sobre o futuro. Leonardo é um contador que visando adquirir dinheiro rápido e fácil acaba trabalhando para Caveirinha em práticas criminosas envolvendo tráfico de drogas no morro Dona Marta.

(...). Nesses anos todos de guerras fratricidas nos morros, em que as pessoas sobreviviam no meio daquela situação de mortes, prisões, balas perdidas, a Besta da Terra com suas sete cabeças andava solta. O poder do dinheiro continuava movendo a imensa máquina dos negócios ilícitos.

Em uma trama que se conecta e torna -se altamente perigosa, muitos destinos serão cruzados e a vida de todos serão colocadas em risco, devido às ameaças relacionadas a crimes, dinheiro, ambição, religião e fanatismo. Tudo piora quando uma seita satanista denominada Ordem do Diabo descobre o quadro e decide adquiri -lo para possibilitar a adoração da Besta de 7 cabeças.

- (...). O dinheiro encarado como fonte de desgraça do homem - interveio o curador - (...). É a violenta necessidade de poder e de supremacia dos homens que pensam que quem possui dinheiro tem tudo na vida.

Recebi esse livro em parceria com a Oasys Cultural, que só tem me mandado livros maravilhosos. Vi o título e fiquei bem interessada, mas depois que li a sinopse, percebi que precisava lê -lo rapidamente.
O começo da história é bem devagar, confesso que fiquei com medo de ser parada, mas conforme fui passando as páginas entendi que aquela era a introdução do livro, já que vamos conhecer vários personagens, contar um pouco da história de cada um torna -se de suma importância.
Eu gostei muito dos personagens criados, mas nada supera o enredo em si, o ambiente, a história da tapeçaria e tudo o que ela envolve, na minha opinião, supera qualquer personagem criado. Que  história magnífica, esse livro me lembrou muito os livros do Dan Brown, onde a diferença é que nos do Dan você acaba simpatizando por algum personagem e neste aqui a simpatia recai toda na construção do enredo.
Me vi a cada página fascinada pela história e pelo caminho onde tapeçaria percorreu e ainda vai percorrer. Adorei ver a importância da tela pelo olhar religioso do padre, pelo olhar histórico do curador e pelo olhar ambicioso da grão - mestre da seita Ordem do diabo. Fiquei bem imersa na leitura e quando vi que o primeiro volume acabou (e como terminou) eu só consegui pensar em porque não me enviaram o segundo volume também.rsrsrs
A capa é linda, não tinha entendido ela antes de ler a obra, mas agora fez todo o sentido, o título é bem condizente com a história, as páginas são amareladas o livro é de um tamanho menor do que o "comum", assim como as letras, mas nada que atrapalhe ou incomode. A revisão está muito boa. A narrativa é em 3° pessoa, a escrita é fluída e rica em detalhes e informações, nos preparando para as cenas tensas de ação.
A trama é bem amarradinha e o final tem um super gancho para o próximo volume que eu necessito para ontem.
Recomendo muito o livro para quem, assim _como eu, gosta de ficção com elementos históricos a là Dan Brown.

Até a próxima resenha
Beijuh da Rêh

Nota 4

11 comentários:

  1. Me surpreendeu, favoravelmente, Rêh: foi a mais completa e descritiva resenha que li até agora. Não poupou detalhes relevantes da trama e dos personagens. Não há dúvida, a leitura a emocionou, a fez sonhar, viajar longe...longe...na teia do enredo e na trajetória de suspense, cheia de armadilhas para cativar e aprisionar o leitor. Compartilhou da ousadia do autor brasileiro de seguir a técnica narrativa do Dan Brown, mas que seguiu em frente, avançou até pisar em terra firme nacional, com cenários atuais da violência que aterrorizam o carioca e o povo brasileiro. Agradeço a sua empolgação pela leitura do livro, que passou para seus inúmeros seguidores, desvendando junto com o autor a lenda da tela da Besta da Tapeçaria do Apocalipse. Fiquei realmente fascinado pelo seu poder de síntese, tão explicito na conclusão da resenha: “Eu gostei muito dos personagens criados, mas nada supera o enredo em si, o ambiente, a história da tapeçaria e tudo o que ela envolve, na minha opinião, supera qualquer personagem criado. Que história magnífica, esse livro me lembrou muito os livros do Dan Brown, onde a diferença é que nos do Dan você acaba simpatizando por algum personagem e neste aqui a simpatia recai toda na construção do enredo”. Foi perfeita na justa avaliação da dramaturgia do criativo e empolgante enredo. Prometo que vou ganhar um merecido 5 na continuação da Besta no Livro II da Trilogia. O que mais me agradou na sua excelente resenha é que soube valorizar o autor brasileiro, tão minimizado, tão criticado por falta de criatividade, e o seu texto escancara a verdade: tem autor brasileiro nas gondolas das livrarias, capaz de conquistar um público exigente na difícil arte de escrever romances policias. Foi muito bom te conhecer, Rêh, e saber que “Recomendou muito o livro” ... Até a próxima resenha...

    ResponderExcluir
  2. Oii.
    Eu gosto muito de livros com essa pegada Dan Brown, então muito provavelmente eu vá adorar essa história. Já fiquei bastante interessada por essa premissa.
    Já vai para a minha listinha com certeza.
    Bjs Mary

    ResponderExcluir
  3. Oiiii,

    Eu estou para ler este livro por agora, estou com ele aqui em uma das minhas próximas leituras e sua resenha me deixou com vontade de passar ele na frente. Gostei de saber que o início arrastado é só pra introduzir a história e as coisas melhoram depois. Espero me encantar pela obra, principalmente porque eu não tenho um parâmetro de comparação rs porque não li os livros do Dan Brown.

    Beijinhos...
    http://www.paraisoliterario.com

    ResponderExcluir
  4. É muito bacana quando percebemos que de fato houve empenho por parte de quem escreveu a história no que diz respeito ao ambiente e profundidade da história, ne? Eu nunca vi esse livro na vida e me vi super animada por conta da sua resenha ahha todos os pontos levantados por voce me chamaram a atenção, certamente darei ma procurada.

    ResponderExcluir
  5. Olá!
    Gosto dessa ambientação e elementos históricos e culturais deixando a leitura ainda mais intensa e envolvente.
    Não conhecia essa trama, mas deu para perceber que o enredo está bem construído.
    Beijos!

    Camila de Moraes

    ResponderExcluir
  6. Olá, Renata!

    Falando em Dan Brown, eu estou relendo um livro dele no momento (Fortaleza Digital). Amo esse autor!

    Dizer que esse livro lembra as obras dele poderia me instigar, mas algo na trama não me seduziu. Além de ter ficado com um pouquinho de medo (sim, sou medrosa!rsrs) não senti curiosidade sobre os acontecimentos, não desejei saber mais. Acho que não é uma história na qual apostaria no momento. Talvez no futuro. Até porque histórias que remetam aos Apocalipse costumam ser interessantes.

    Bjs!

    ResponderExcluir
  7. Olá Re..

    Nossa, não conhecia esse livro e confesso que conforme eu li o início da sua resenha meio que torci a Cara, mas depois... Sim, preciso ler esse livro pra ontem, mas acredito que vou esperar o lançamento do próximo, ele já existe? Fico muito ansiosa dependendo do final haha

    Beijos

    ResponderExcluir
  8. Olá, tudo bom?
    Não conhecia o livro, mas infelizmente não é o tipo de leitura que chamam minha atenção. Eu particularmente não curto muito Dan Brown e essas histórias que trazem seitas satanistas me deixam com um pé atrás, sabe? Mas curti saber que apesar do início lento, trata-se de uma história muito interessante e que te agradou muito.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  9. Olá!
    Ainda não conhecia a obra, mas já estou interessada só pela compativa com Dan Brown. Com uma boa construção de enredo, pelo que entendi, espero me envolver também.
    Bjim

    ResponderExcluir
  10. Oi, Rêh!
    Eu não conhecia o livro e é a primeira opinião que leio dele, é uma história que me agradaria porque gosto do gênero. Se tiver chance vou ler!

    Beijos,

    Rafa -Fascinada por Histórias

    ResponderExcluir
  11. Tenho o prazer de comunicar que desde o dia 5 de novembro o Blog CURALEITURA integra com destaque o item Blogues do meu site http//ilmarpennamarinhojr.com.br.

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu comentário, ele é muito importante para nós!

 
CuraLeitura . 2017 | Layout feito por Adália Sá e modificado por Thaiane Barbosa