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Soneto III


Se a minha vida do áspero tormento
E tanto afã puder se defender,
Que por força da idade eu chegue a ver
Da luz do vosso olhar o embaciamento,

ADEUS GAROTO


HEEEEEEEEEY, eu sou a Carol, tenho 16 anos. Sou apaixonada por músicas da bad, amo torta de limão e adoro jogar conversa fora. Sou muito agitada, como diz minha mãe, nasci com o botão ligado. Bom, não tem muita coisa pra saber sobre mim, ao longo do tempo vocês descobrem mais coisas. É minha primeira vez postando aqui. Escrevi com muito carinho e espero que gostem. Aprofunde-se em uma música triste da sua playlist e venha comigo. Um beijo <3

Estou deixando a cidade. Estou deixando a casa dos meus pais. Estou deixando o meu quarto nos fundos. Estou deixando minha cama na qual dividi com você todos esses anos, espero que não se importe por me ver partir.

Mãe



Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito

Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

A janela de Julieta

"Romeu e Julieta". 1870. Ford M. Brown

Esta é a alegre janela namorada, 
Onde a meio ela à noite se reclina;
Eis o vaso com flores, a estimada
Violeta roxa, a dália purpurina...

A Brusca Poesia da Mulher Amada II


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Vinicius de Moraes

A mulher amada carrega o cetro, o seu fastígio É máximo. A mulher amada é aquela que aponta para a noite
E de cujo seio surge a aurora. A mulher amada
É quem traça a curva do horizonte e dá linha ao movimento dos
astros.

A Brusca Poesia da Mulher Amada

Vinicius de Moraes

Longe dos pescadores os rios infindáveis vão morrendo de sede lentamente...
Eles foram vistos caminhando de noite para o amor — oh, a mulher amada é como a fonte!

A mulher amada é como o pensamento do filósofo sofrendo
A mulher amada é como o lago dormindo no cerro perdido
Mas quem é essa misteriosa que é como um círio crepitando no peito?
Essa que tem olhos, lábios e dedos dentro da forma inexistente?

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Versos Íntimos


Augusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

SONETO LXXXVIII


Quando me tratas mau e, desprezado, 
Sinto que o meu valor vês com desdém, 
Lutando contra mim, fico a teu lado 
E, inda perjuro, provo que és um bem.

Extravio


Onde começo, onde acabo,
se o que está fora está dentro
como num círculo cuja
periferia é o centro?

Receita de Ano Novo

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(Autor Desconhecido)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido). 

Para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior). 

Cortar o Tempo

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(Autor Desconhecido)

"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um individuo genial.

Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos.

Finalmente chegou


É natal. 
E eu queria ser quem não sou, 
Ter o que não tenho,
Conhecer quem não conheço,
Amar quem não amei,

Sertão


O sertão é feio e belo ao mesmo tempo. É feio aos olhos de quem desconhece seus mistérios, seus encantos. É belíssimo aos olhos de quem conhece suas maravilhas. É mágico diante da chuva e por ela se converte num novo mundo: diferente de tudo, diferente de si mesmo e ao mesmo tempo igual. O sertão é como um artista que interpreta dois papéis: hoje é o conhecido e amanhã veste uma capa, põe uma máscara e se torna novo. Um novo conhecido por quem o conhece, por quem verdadeiramente o conhece. E só quem o conhece é quem o vê todos os dias e sabendo de seus "defeitos" o ama mesmo assim e jamais o trocaria por outro lugar.

Autora: Nathalie Louzada

As Escolhas de Uma Vida


A certa altura do filme Crimes e Pecados,
o personagem interpretado por Woody Allen diz:
"Nós somos a soma das nossas decisões". Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta
e de lá nunca mais saiu.

Quatro Letras


Seu olhar não me mostra o caminho,
Me deixa é todo desorientado,
E do meu navio capitão já não sou
Talvez, simples escravo.

A Flor e a Náusea


Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias, espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

 
CuraLeitura . 2017 | Layout feito por Adália Sá e modificado por Thaiane Barbosa