Autora Da Semana: Cora Coralina


Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida como Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de e 1889 na cidade de Goiás, hoje Goiás velho. Foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 ,quando já tinha quase 76 anos de idade.

Cora Coralina começou a escrever seus textos aos 14 anos, publicando-os posteriormente nos jornais da cidade de Goiânia, e nos jornais de outras cidades, e nos periódicos de outros rincões, assim como a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917. O que mas chama atenção em Cora Coralina é o fato de ser um poetisa que cursou apenas quatro séries.

A inspiração de cora advêm de elementos folclóricos que fez com que sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado por nenhum outro poeta do Centro -Oeste brasileiro. Sua escrita era incrivelmente poderosa apesar da baixa escolaridade e de seu desconhecimento acerca das regras da gramática, que fez com que as pessoas começassem a priorizar a mensagem ao invés da forma. Vivendo sua vida simples e tentando a compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.


Poemas dos becos de Goiás e estórias a mais





Foi ao ter a segunda edição (1978) de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, composta e impressa pelas Oficinas Gráficas da Universidade Federal de Goiás, com capa (retratando um dos becos da cidade de Goiás) e ilustrações elaboradas pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, e prefácio de Oswaldino Marques, saudada por Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil, a 27 de dezembro de 1980, que Aninha, já conhecida como Cora Coralina, ganhou a atenção e passou a ser admirada por todo o Brasil.






A Casa de Cora Coralina vira Museu


A Associação Casa de Cora Coralina, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, com o objetivo imediato de lutar pela preservação da vida e da obra de Cora Coralina. O museu foi inaugurado em 1989 e nos estatutos aprovados constam como finalidades: “projetar, executar, colaborar e incentivar atividades culturais, artísticas, educacionais e filantrópicas visando, sobretudo, à valorização da identidade sociocultural do povo goiano, bem como preservar a memória e divulgar a obra de Cora Coralina”.




O ACERVO

A constituição do acervo da Casa de Cora Coralina é um projeto de organização e acumulação de vários dos tempos da vida da poeta, formando um arquivo geral de objetos, imagens e discursos preservados para evocar Cora e promover sua imortalização. No museu há diversos tipos de materiais, todos organizados, e de fácil acesso aos turistas, com o intuito de preservar a memória da poetisa em simbiose com a comunidade de Goiás. Há desde peças de roupas, até fotos, utensílios domésticos, livros, móveis e cartas, no interior da casa; além do jardim nos fundos, e da bica de água potável.


Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.


Bibliografia da autora


Em ordem cronológica, as obras de Cora Coralina:

Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais (poesia), 1965 (Editora José Olympio).

Meu Livro de Cordel, (poesia), 1976

Vintém de Cobre - Meias confissões de Aninha (poesia), 1983

Estórias da Casa Velha da Ponte (contos), 1985

Meninos Verdes (infantil), 1986 (póstumo)

Tesouro da Casa Velha (poesia), 1996 (póstumo)

A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil), 1999 (póstumo)

Vila Boa de Goias (poesia), 2001 (póstumo)

O Prato Azul-Pombinho (infantil), 2002 (póstumo)


Fonte: site oficial do museu, http://www.casadecoracoralina.com.br/museu.html

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