Resenha: A Rosa Entre Espinhos

Título: A Rosa entre Espinhos
Autora: Josiane Veiga
Editora: Amazon
Páginas: 288
Ano: 2015

Oi, pessoal! Hoje venho falar do romance de época A Rosa entre Espinhos, da autora Josiane Veiga, a mesma da Saga dos Reinos.

O livro narra a história de Mairi, uma empregada na casa de uma família aristocrata da Inglaterra, e de Ian McGreggor, um duque - é na casa dele que Mairi trabalha.

Ela foi abandonada desde cedo na porta da casa dos lordes e foi acolhida lá. Sempre trabalhou muito e nunca recebeu nada em troca, nem pagamento, apenas comida e abrigo.

Já Ian foi mandado muito cedo para um colégio interno e depois para Londres, então eles não tiverem muito contato. Ian era noivo de lady Eleanor, mas mal se conheciam e não tinham sentimentos um pelo outro.

Eleanor se apaixonou por Ben, o filho do vendedor de frutas e legumes do condado de York, onde vivem Mairi e os McGreggors. Mas, no dia do casamento com Ian, é misteriosamente assassinada. A suspeita recai sobre o jovem duque.

Nesse contexto, temos Allan, advogado e melhor amigo de Ian. Um jovem de coração bondoso que faz tudo pelo amigo.

Após a morte da noiva, Ian se torna um recluso e, assim que conhece Mairi e descobre nela gostos em comum - como o amor pela leitura -, se apaixona.

Mairi também se apaixona por ele e eles passam a viver um romance proibido.

Porém as circunstâncias do destino acabam por separá-los e Mairi vai para Londres em busca de emprego. Já Ian, possesso de raiva por achar que foi traído, promete se vingar da única mulher que amou.


Em Londres, as coisas não saíram como planejado para Mairi, e ela se vê sem emprego, nas ruas, com frio e fome.. E assim vive por alguns meses. Até ser resgatada de um ataque.. Por Allan.

Eles não se conhecem, mas sentem uma conexão e Allan imediatamente se apaixona. Porém, ao ouvir a história da moça, descobre ser ela o amor do seu melhor amigo. Entretanto, tem que protegê-la da ira de Ian.

Mas tudo vai por água abaixo quando Ian os descobre e comete um ato terrível: ele violenta Mairi e ela acaba engravidando.

Para mim, este foi o ponto crucial da história. O que, definitivamente, destruiu o livro. Não apenas pelo ato em sim, mas pelos fatos que sucedem essa atrocidade.

Grávida, Mairi se nega a se casar com Allan porque "ele não pode ser obrigado a assumir as consequências de um ato que não foi feito por ele". Allan, além do amor que sente por Mairi, se preocupa pela criança, pois já sentiu na pele o que um bastardo sofre. Sem saída, ele procura Ian para se casar com Mairi.

Arrependido, Ian aceita e fará de tudo para se redimir e reconquistar o amor e a confiança de Mairi.

A volta do sentimento, e até desejo, de Mairi por Ian, para mim foi inaceitável. Eu enxergo como romantização do estupro. Não que uma pessoa seja incapaz de amar e se relacionar com alguém que a estuprou - eu provavelmente não conseguiria -, mas acho que mostrar isso num livro como se fosse algo normal ou fácil não é interessante.

A cena do estupro foi violenta. Eu como mulher senti a dor da personagem e jamais me relacionaria novamente com Ian. Não é justificável, muito menos perdoável.

Eu torci muito para que Mairi ficasse com Allan, ele é um perfeito cavalheiro, e seria um final bem aceitável.

A única coisa que salvou o livro e que me fez terminar de lê-lo foi o mistério acerca da morte de Eleanor. Apenas.

Apesar de conhecer e gostar da escrita da autora, eu terminei este livro forçada, pois não gosto de não concluir um livro.

Um apelo às autoras principalmente: não façam isso. Não romantizem estupro. Não transformem o vilão num mocinho ou não façam um mocinho ter uma atitude que destrói o personagem.

No mais, quem quiser ler é por conta em risco. Pode gostar ou não. Eu não gostei.

NOTA 2

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