Resenha: A Canção dos Shenlongs

Título: A Canção dos Shenlongs
Autor: Diogo Andrade
Editora: Independente
Páginas: 100
Ano: 2016











Sinopse: Os tempos mudaram. A ascensão do Império de Housai obrigou os monges guerreiros shenlongs a se isolarem cada vez mais. Com o passar dos anos, os Quatro Templos sagrados se tornaram seu último refúgio. Os Antigos se foram. Seus descendentes desapareceram. Aqueles que resistem à nova ordem estão enfraquecidos.
Por mais de mil anos, o Templo da Montanha, Shanjin, se manteve firme em Linshen. E para Mu, Shanjin é sua casa. Chegou ao templo ainda criança junto de seu irmão, Ruk. E, quando Ruk é expulso da ordem monástica, Mu vive o conflito entre a dor da perda e se manter como um shenlong, fiel aos ensinamentos e o caminho de retidão.
Os problemas se agravam quando um espadachim misterioso traz a notícia da grande ameaça que pode abalar os Quatro Templos. O exílio não durará. Agora, os shenlongs de Shanjin devem reforçar suas defesas e se preparar para o combate. Pois, desta vez, nem a Barreira será suficiente para protegê-los.
O primeiro livro de Diogo Andrade. A Canção dos Shenlongs narra o início dos conflitos entre o Império de Housai e os monges guerreiros shenlongs. Uma história de fantasia aventura, repleta de ação, artistas marciais e guerreiros habilidosos, que transportam o leitor a um mundo a beira de um grande conflito.
Em A Canção dos Shenlongs vamos conhecer a história de Mu e Ruk, dois órfãos que em meio a tanta dificuldade na vida acabam se encontrando, e se tornam inseparáveis, mais que amigos eles se tornam irmãos.
Eu o conheci ainda criança, antes mesmo de chegarmos em Shanjin. Eu subira na carroça que passava pela estrada em direção ao norte, tentando viajar de graça sem ser notado. Ruk, no entanto, chegara antes e já estava escondido em meio aos barris de cerveja e lonas de couro. Brigamos pelo espaço e, por fim, o condutor nos expulsou. Não havia nada por perto. Caminhamos o dia inteiro sob o sol, sem água ou comida, até chegarmos à cidade mais próxima. Nunca mais nos separamos.
Como eles eram sozinhos para sobreviverem, até roubar eles roubavam. Um dia eles tentaram roubar um shenlong e acabaram no Templo da montanha, o monge não os obrigou, as crianças apenas o seguiram e até lá e nunca mais voltaram. 
Um dia, enquanto tentávamos levar a tigela de moedas de um shenlong, acabamos no Templo da Montanha, Shanjin. Por muito tempo não entendi como aconteceu. Em nenhum momento o monge nos obrigou. Nós simplesmente o seguimos, primeiro pela cidade, depois pela estrada, depois por outras cidades e outras estradas até aqui, e aqui ficamos, como se já pertencêssemos ao local. 
O Templo da montanha se tornou o lar definitivo de Mu e Ruk. Lá eles treinavam diariamente para se tornarem monges guerreiros. O Templo é comandado por Abade Kame em conjunto com Sarujin e Shizu, além dos conselhos da Velha Gilga. O Templo é um local pacífico e isolado com nenhum ou quase nenhum contato com o ambiente externo. Lá os Shenlongs mais velhos, treinam os mais novos até que eles recebam suas Yantras, que é uma tatuagem de um animal representando a graduação de um Shelong, suas habilidades e, também, seu espírito.
Pois era isso que a yantra representava: o espírito de um shenlong.
Contudo, Ruk faz algo que fere os ensinamentos do templo e acaba sendo expulso do mesmo, a partir de então Mu se sente mal pelo irmão e isso o deixa dividido entre a dor da perda do irmão e seu dever com a ordem dos Shenlongs.
Esperei por palavras que não vieram. Mais uma vez, Ruk olhou para mim. Então, por fim, meu irmão começou a se afastar em direção ao Caminho da Serpente. 
Mu terá que lidar com a expulsão do irmão no templo e fará isso com a ajuda de seus amigos Aga e Nili. Porém, o tempo de tristeza deverá ser ignorado já que um espadachim misterioso, traz más noticias, que ameaçam abalar os quatro templos. Depois de anos, os Shenlongs deverão se preparar para a batalha.
“Ora, vamos. Sou apenas um mensageiro”, continuou o espadachim. “Trago assuntos urgentes para o abade.


A Canção dos Shenlongs foi uma descoberta incrível, conheci a obra e o autor através de indicações e logo que pude, adquiri o ebook do mesmo. Assim que comprei já fiquei curiosa e iniciei a leitura de imediato. O livro é curto totalizando 100 páginas, porém ele é apenas uma introdução do que ainda está por vir. E o que é essa introdução! De cara eu já senti empatia com vários personagens, a história me ganhou fácil pela originalidade, até hoje de todos os livros de fantasia que tenho conhecimento, nenhum aborda esse tema que para mim foi uma bela e intensa novidade.
Adorei o fato de a narrativa ser em primeira pessoa, pela visão do Mu, um personagem que eu admirei desde o princípio, a história é bem simples, tem um ritmo bacana, não corre e não falta informação, o ápice é atingido nos momentos de batalha onde a tensão sobe á mil.
Outra coisa que gostei bastante foi de como o Diogo nos apresenta o templo, ele nós dá uma "visão" bem detalhada do local e ainda nos explica como funciona o dia - a - dia do lugar, sendo assim ficamos definitivamente imersos á leitura.
No livro falta revisão, achei alguns errinhos mas que não atrapalham a história, a diagramação está linda com adição de imagens relacionadas a obra.
Achei um ótimo livro, para o primeiro volume achei maravilhoso, pois fiquei bastante á vontade na obra e bem preparada para a continuação, que torço para ser lançado logo.
A capa eu adorei, tudo a ver com a obra.
O ponto negativo fica para algumas partes que deveriam ter sido melhor explorada, como por exemplo, o que aconteceu na vila que ocasionou a expulsão de Ruk, o autor falou de uma forma muito superficial de algo que merecia ser mais detalhado.
Finalizo minhas impressões recomendando demais a obra para que é fã de fantasia, quem está procurando uma história original, quem gosta de saber mais sobre os costumes orientais também.
A Canção dos Shenlongs é uma obra nacional que merece muito ser reconhecida.

Onde comprar: Amazon

Até a próxima resenha
Beijuh da Rêh 

Nota 4 

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